Masturbação X Jovem Cristão
Hoje em dia o sexo está tão banalizado que não há mais aquela
expectativa dos noivos em se descobrirem aos poucos, em maravilharem-se
um com o outro vivendo uma novidade maravilhosa de um toque, de uma
fragrância, de surpresas que fortalecem o casamento e o amor. Com
tamanha sobrecarga de “normal” (sexo antes do casamento é normal,
homossexualismo é normal, filhos drogados é normal, você tem que
aceitar…), porque não devemos ensinar nossos filhos a se masturbarem?
Não é normal?
Vamos falar de áreas cinzentas da moralidade
Ao considerar as questões sexuais que não estão especificamente
relacionadas na Escritura, tenha em mente certas experiências
pré-sexuais que conduzem facilmente à lascívia ou à luxúria.
Nossos pensamentos
A batalha pela pureza sexual sempre começa na mente. Aquilo em que
pensamos constantemente, acabamos fazendo. Enchemos nossa mente com o
bem ou o mal, o puro ou o impuro, o certo ou o errado. Muitos cristãos
tentam abrigar ambas as tendências em seus pensamentos.
O pecado sexual declarado é concebido na mente, desenvolvido em
várias experiências pré-sexuais, e finalmente torna-se realidade, quando
a oportunidade aparece. Não somente a imoralidade resultante é pecado –
os pensamentos impuros também são pecados. As palavras de Jesus, no
Sermão da Montanha, são freqüentemente citadas a este respeito: “Ouvistes
o que foi dito: Não adulterarás. Eu, porém, vos digo que todo aquele
que olhar para uma mulher para a cobiçar, já em seu coração cometeu
adultério com ela” (Mt 5:27,28). Não se confunda, a ponto de dizer:
“Visto que já pequei em meu coração, posso também pecar com o corpo”.
Estes pecados não são os mesmos! Um é o pecado da mente, e em pensamento
apenas uma pessoa peca. O outro é um pecado da mente e do corpo, e, com
o corpo, duas pessoas pecam. Na mente, não há união física. Com o
corpo, os dois chegam a se conhecer um ao outro de maneira irreversível.
Note que, em Mt 5:28, Jesus menciona não apenas olhar, mas olhar para
cobiçar. Isto implica um desejo ativo, imaginando uma união ou contato
sexual.
Paulo diz que o cristão de espírito controlado, na batalha espiritual, está “levando cativo todo pensamento à obediência a Cristo” (II Co 10:5). E Pedro diz: “Cingindo
os lombos do vosso entendimento, sede sóbrios… não vos conformeis às
concupscências que antes tínheis na vossa ignorância” (I Pe
1:13,14). Não podemos impedir todo pensamento impuro de entrar na mente,
porém somos realmente capazes de controlar os pensamentos que
permanecem e se desenvolvem.
Nossos olhos
O que nossos olhos vêem e lêem produz e controla a maior parte de
nossos pensamentos. As Escrituras ensinam que os olhos são a “candeia do
corpo” (Mt 6:22,23) e que se os “olhos forem maus”, o corpo “será
tenebroso”. Esta verdade descreve mais do que um fato físico. Refere-se
ao que os olhos deixam entrar na mente.
O apóstolo João adverte contra a “concupiscência dos olhos” (I Jo 2:16). Salomão escreveu: “Dirijam-se
os teus olhos para a frente e olhem as tuas pálpebras diretamente
diante de ti. Pondera a vereda de teus pés, e serão seguros todos os
teus caminhos” (Pv 4:25,26). Salomão também diz: “Filho meu,
dá-me o teu coração; e deleitem-se os teus olhos nos meus caminhos.
Porque cova profunda é a prostituta; e o poço estreito é a aventureira” (Pv 23:26,27).
Devemos nos afastar da pornografia que vem sendo despejada em nosso caminho, lembre-se: “os olhos são a candeia do corpo“. Se você não resiste à tentação, não olhe. Você não pode ser tentado a se masturbar se estiver lendo passagens da Bíblia.
Masturbação é pecado? A maioria dos não-cristãos e também muitos
cristãos crêem que a masturbação não apresenta nenhum problema.
Certamente, não acham que é pecado e que só constitui um problema quando
é uma obsessão e um substituto psicológico total para as relações
sexuais normais.
Masturbação é pecado?
A maioria dos não-cristãos e também muitos cristãos crêem que a
masturbação não apresenta nenhum problema. Certamente, não acham que é
pecado e que só constitui um problema quando é uma obsessão e um
substituto psicológico total para as relações sexuais normais.
A muitos mitos sobre a masturbação, em escritos católicos e
protestantes antigos, a este respeito. Alguns destes mitos são que a
masturbação causa danos físicos, que destruirá a habilidade sexual no
casamento ou que causará distúrbios emocionais. Estes mitos eram
basicamente táticas para amedrontar e tinham pouca base em fatos.
Não há passagem específica na Escritura que fale diretamente da
questão da masturbação. Há quem chame a atenção para Gn 38:8-10 e I Co
6:9-10.
8 Então disse Judá a Onã: Toma a mulher do teu irmão, e casa-te com ela, e suscita descendência a teu irmão. 9 Onã, porém, soube que esta descendência não havia de ser para ele; e aconteceu que, quando possuia a mulher de seu irmão, derramava o sêmen na terra, para não dar descendência a seu irmão. 10 E o que fazia era mau aos olhos do SENHOR, pelo que também o matou. (Génesis 38:8-10 BRP)9 ¶ Não sabeis que os injustos não hão de herdar o reino de Deus? 10 Não erreis: nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o reino de Deus. (1 Coríntios 6:9-10 BRP)
Concordo com o escritor Herbert J. Miles, que estas passagens não falam de masturbação.
Mesmo assim, a Bíblia fornece orientações que lhe permitirão decidir
se a masturbação é pecado ou não. Reflita sobre as seguintes
observações:
1. Vejamos à definição de lascívia e luxúria: “Gratificação dos
sentidos u indulgência para com o apetite; dedicado aos ou preocupado
com os sentidos” e “desejo sexual intenso”. A masturbação encaixa-se
definitivamente nestas definições (veja Gl 5:19 Porque as obras da carne são manifestas, as quais são: adultério, prostituição, impureza, lascívia,). Pode-se praticar a masturbação sem lascívia ou luxúria?
2. O teste seguinte é o de sua vida mental. Jesus disse: “ Eu, porém, vos digo que todo aquele que olhar para uma mulher para a cobiçar, já em seu coração cometeu adultério com ela”
(Mt 5:27,28). Quando uma pessoa pratica masturbação, o que se passa em
sua cabeça? As cachoeiras de Paulo Afonso? Pode alguém se masturbar sem
imaginar um ato sexual ou ao menos cenas sensuais? O que é que você
acha? Se você pratica a masturbação, pode sua mente permanecer pura?
3. Em seguida, reflita sobre a santidade e a intenção da relação
sexual no casamento. Sem sombra de dúvida, a masturbação é uma tentativa
de experimentar as mesmas sensações que são atribuídas ao casamento. É
um substituto do ato verdadeiro – uma farsa, uma falsificação, um dolo.
4. A masturbação é também totalmente egocêntrica. Uma das
características do egocentrismo é a auto-indulgência. Paulo descreve o
modo de vida de quem é controlado por Satanás, dizendo: “Todos nós também antes andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos” (Ef 2:3).
5. Finalmente, a masturbação pode nos levar à escravidão. Quando uma pessoa é dominada por uma indulgência carnal, ela peca. “Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, para obedecerdes às suas concupiscências” (Rm 6:12). Paulo também diz: “Todas
as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convém. Todas as
coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma delas” (I Co 6:12). Você é escravo da masturbação?
Reflita sobre os cinco enunciados acima, para determinar se, para você, a masturbação é pecado.
Liberte-se!
O impulso sexual é uma parte normal, dada por Deus, de qualquer homem
ou mulher saudável. Envergonhar-se disto é duvidar da bondade de Deus
para conosco. Abusar dele é contrariar a graça que Deus tenciona para
nós. Ele nos criou com muitos impulsos e desejos, que podemos
desenvolver ou usar de maneira errada. Como um deles, o impulso sexual
ativa ou destrói os relacionamentos, de acordo com seu controle e
aplicação.
A masturbação é um problema comum. Não devemos ter medo de conversar
sobre ela nem de ajudar as pessoas a superá-la. Homens e mulheres acham
que é um hábito igualmente opressivo, e buscam ajuda para a superação do
problema. Compaixão, e não condenação, deve ser nossa resposta.
Minha conclusão é que a masturbação não deve fazer parte da vida do
cristão. I Coríntios 6:18-20, Gálatas 5:19 e I Tessalonicenses 4:3-7 são
passagens que falam sobre a questão do uso de nossos corpos devidamente
no sexo.
18 Fugi da prostituição. Todo o pecado que o homem comete é fora do corpo; mas o que se prostitui peca contra o seu próprio corpo. 19 Ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos? 20 Porque fostes comprados por bom preço; glorificai, pois, a Deus no vosso corpo, e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus. (1 Coríntios 6:18-20 BRP)
Porque as obras da carne são manifestas, as quais são: adultério, prostituição, impureza, lascívia, (Gálatas 5:19 BRP)
3 Porque esta é a vontade de Deus, a vossa santificação; que vos abstenhais da prostituição; 4 Que cada um de vós saiba possuir o seu vaso em santificação e honra; 5 Não na paixão da concupiscência, como os gentios, que não conhecem a Deus. 6 Ninguém oprima ou engane a seu irmão em negócio algum, porque o Senhor é vingador de todas estas coisas, como também antes vo-lo dissemos e testificamos. 7 Porque não nos chamou Deus para a imundícia, mas para a santificação. (1 Tessalonicens. 4:3-7 BRP)
Embora não possamos assentar todos os argumentos que dizem que a
masturbação é pecado, não podemos negar que ela é resultado da lascívia e
da paixão. Mas, na liberdade da graça de Deus, podemos escolher fazer o
que é sagrado e direito aos olhos de Deus.
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